O Superior Tribunal de Justiça recebeu hoje (14) uma denúncia formal relacionada ao envolvimento de Wilson Witzel (PSC) em atividades fraudulentas. Elas teriam ocorrido durante o seu mandato (ainda vigente) de governador do Rio de Janeiro, inclusive com relação aos gastos no combate ao novo coronavírus.
A denúncia foi feita pela Procuradoria Geral da República e abrangeu não apenas o governador, mas outras pessoas que teriam se envolvido nos crimes. As pessoas denunciadas são as seguintes:
- Everaldo Pereira, pastor e ex-candidato à presidência;
- Lucas Tristão, que ocupava um cargo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico;
- Edson Torres;
- Nilo Francisco da Silva Filho;
- José Carlos de Melo;
- Helena Witzel, mulher do governador carioca;
- Edmar Santos, que liderava a Secretaria Estadual de Saúde;
- Gothardo Netto, que já tinha sido mencionado anteriormente e foi prefeito de Volta Redonda;
- Victor Hugo Barroso, classificado como doleiro;
- Cláudio Marcelo Santos Silva;
- Carlos Frederico Loretti da Silveira
De acordo com a determinação da Justiça, todas as pessoas envolvidas teriam de, além de ser penalizadas criminalmente, pagar R$ 100.000.000 em multas.
Wilson Witzel já está afastado da função
Justamente por causa dos crimes de corrupção pelos quais é investigado, o governador Witzel está afastado das suas funções. O seu vice, Cláudio Castro, é quem está à frente do gabinete e o prazo para o seu afastamento é de 180 dias.
O Supremo Tribunal de Justiça chegou a fazer uma votação a respeito e foi comprovada a legalidade e a necessidade desse afastamento.
Tudo teria começado com a contratação do Instituto Iabas para que fosse criado um hospital de campanha durante a pandemia de COVID-19; as irregularidades mostraram o caminho para a verificação de mais práticas corruptas.