Será votado nesta terça-feira (15/10) através da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, uma alteração nas atuais regras de geração de energia distribuída, uma mudança que pode atingir diretamente a crescente onda de painéis solares pelo Brasil.
A “Geração distribuída” é um sistema onde os consumidores são responsáveis por produzir a sua própria energia, onde o que sobejar é enviado para a companhia aérea e “recuperado” mais tarde como se a distribuidora fosse uma grande bateria.
A previsão é que haverá medidas para reduzir os incentivos hoje existentes na adesão destes novos modelos de geração de energia, principalmente as por placas solares.
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Aneel é contra
A mudança está sendo proposta pela Aneel justamente porque os custos dos incentivos para quem gera energia própria através do sistema de “Geração Distribuída”, são na verdade pagos por consumidores que não aderiram a este sistema.
Quem está à frente desta proposta de mudança é o diretor da Aneel, Rodrigo Limp. Ele diz que se as medidas forem aprovadas, o prazo para recuperar os valores investidos no sistema deverá subir em média 50%.
Mesmo sendo votada pela diretoria da agência, o próximo passo será a consulta pública, podendo haver alterações.
As mudanças devem acontecer já em 2020.
Porém quem já faz parte da regra antiga, deverá permanecer nela, o “fim” do incentivo deverá ser aplicado para as novas instalações de painéis e outras fontes geradoras de energia.
Como é hoje
Na regra atual, um consumidor pode aderir à geração distribuída. A partir daí ele poderá produzir energia no trabalho ou em sua residência.
A energia gerada poderá ser consumida imediatamente ou então ir para a distribuidora e reutilizada depois. Entre os incentivos para esta prática hoje, é a isenção do pagamento de tarifas.
Quem não possui esse sistema alternativo de geração de energia, acabam sendo os responsáveis por pagar a conta dos “geradores”.
O principal objetivo de barrar o sistema atual é justamente colocar um fim ao repasse de custos aos consumidores que hoje ainda são a grande maioria.
Painéis solares e outros
A geração da própria energia não estará proibida, o que irá acontecer é que a conta será mais cara e consequentemente os valores do investimento deverão ser recuperados em um prazo maior.