Aumentar o teto da isenção do Imposto de Renda foi uma das promessas de campanha de Jair Bolsonaro. Na ocasião ele prometeu isentar quem ganhasse até 5 salários mínimos, algo próximo dos R$ 5 mil, mas como o impacto na economia seria muito grande para este primeiro ano de decisão orçamentária pelo seu próprio governo, o presidente deu um depoimento onde o teto deve ser de R$ 3 mil em 2020.
Segundo ele o limite de isenção da declaração do Imposto de Renda (IR) 2020 já está na reta final da discussão.
Durante o seu pronunciamento no Palácio da Alvorada ele disse:
“Está na reta final para ver se a gente passa o limite do Imposto de Renda para R$ 3.000. O Tostes, na Receita, que faz as projeções. Quem paga Imposto de Renda nessa faixa, quando chegar em março e abril do ano que vem, ele tem nota fiscal, ele recupera tudo de volta. Se a gente pode evitar essa mão de obra enorme para a Receita, para o cara que às vezes tem que procurar um vizinho, um filho, tem dor de cabeça para fazer essa declaração do Imposto de Renda, passa o limite para R$ 3.000. Para mim, o ideal seria R$ 5.000, mas aí o impacto é muito grande. Mas se tá em R$ 2.000 e passa para R$ 3.000, já começa a sinalizar, realmente, uma desburocratização.”
Tostes é como o presidente chama José Tostes, atual secretário Especial da Receita Federal.
Bolsa Família pode ter um corte gigantesco de famílias em 2020.
Proposta de dezembro
Até então a proposta era subir o teto da isenção de R$ 1903,99 para R$ 2 mil. Mas segundo o que foi dito, a proposta deve ir um pouco mais longe e para quem já está em 2 mil reais, ir para 3 mil não é um passo muito difícil.
Isso para 2020, para os próximos anos, Bolsonaro deve tentar aumentar ainda mais este teto, com o intuito de desburocratizar este sistema. Segundo ele, quem ganha esse valor, sempre corre atrás de notas e outros comprovantes, onde acaba recuperando todo o dinheiro, deixando apenas um trabalho desnecessário para a Receita Federal. Assim o órgão pode se concentrar apenas em questões realmente relevantes.