O Pentágono, nada menos do que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, uma das organizações mais poderosas do mundo, decidiu nesta quarta-feira (22/05) que irá construir acampamentos temporários na fronteira com o México.
Serão seis acampamentos ao longo dos estados do Texas e Arizona, com capacidade para cerca de 7,5 mil imigrantes. Toda a construção será com dinheiro federal, à pedido do Departamento de Segurança Interna (DHS, sigla em inglês), que é o responsável por manter a segurança da imigração e fronteiras nos Estados Unidos.
Mas apesar da construção ser mobilizada pelo Pentágono através dos militares disponíveis no país, quem irá administrar os acampamentos será o próprio Departamento de Segurança Interna. Em um comunicado oficial o Departamento de Defesa publicou a seguinte mensagem:
“O pessoal militar não operará as instalações e apenas construirá as tendas. A operação das instalações é de responsabilidade do DHS”.
Imigrantes além da Patrulha da Fronteira
O objetivo do Pentágono é construir os acampamentos e fornecer todas as barracas para abrigar cerca de 7,5 mil adultos. Todos eles serão abrigados pois já passaram pela Patrulha da Fronteira e estão hoje sob as ordens das autoridades de imigração, o próprio DHS.
O apoio está sendo fornecido para ajudar o DHS a administrar melhor toda a segurança da fronteira sul, mediante a atual crise humanitária que o país vive, principalmente a inicialização da construção do polêmico muro na fronteira com o México, uma das promessas de campanha de Donald Trump.
Cidades escolhidas para os acampamentos
Por uma questão estratégica projetada pelo próprio Pentágono em parceria com o DHS, os acampamentos temporários irão ficar nas cidades de Laredo, Del Rio, Tornillo e Donna no Texas e também em Yuma e Tucson no Arizona.
Acampamentos ou centros de detenção?
Para muitas organizações humanitárias os acampamentos não passam de centros de detenção. No começo deste mês a Human Rights Watch (HRW) realizou uma denúncia, onde o objetivo será “deter” os imigrantes em tendas, sempre que cruzarem a fronteira com o México, para de uma forma não tão amigável dar um destino para os “intrusos”.