Os doleiros costumam aparecer no noticiário como aqueles homens que, de alguma maneira, conseguem fazer com que o dinheiro da corrupção seja levado para o exterior. Basicamente, em todo caso desse tipo, um doleiro sempre cuida do dinheiro.
Por isso, a Polícia Federal acabou de deflagrar uma operação contra doleiros suspeitos de cometerem crimes. Mandados estão sendo cumpridos em Fortaleza, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Goiânia e Joaboatão dos Guararapes.
Além disso, a ação também está ocorrendo nos Estados Unidos.
Operação Amphis
A operação existe desde 2014 e tem como alvo alguns doleiros suspeitos de terem praticado vários crimes, dentre eles falsidade documental, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, descaminho e manutenção de instituição financeira clandestina.
Segundo as investigações, um grupo criminoso sediado em Recife teria o controle da quadrilha, que atua em outras capitais do país. A organização do grupo é tão grande que eles agiam também no estado da Flórida, nos Estados Unidos.
O nome da operação está relacionado com a atuação dupla dos envolvidos.
Milhões em jogo
Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa movimentou mais de R$ 200 milhões nos últimos 10 anos. As transações eram realizadas por meio da abertura de contas bancárias, utilizando-se de documentos falsos e nomes de empresas “fantasmas”.
Somados, todos os crimes cometidos pela quadrilha podem levar a uma pena de até 29 anos de prisão.
Mandados cumpridos e bens sequestrados
Somente no Recife, três doleiros foram investigados. A ação da Polícia contou com 60 agentes, que foram responsáveis por cumprir 13 mandados de busca e apreensão.
A Justiça Federal de Recife emitiu os mandados e também decretou o sequestro de bens, imóveis e veículos dos investigados, bem como o bloqueio de suas contas e das empresas de fachada criadas por eles para a prática dos crimes.
Os mandados de busca e apreensão visam encontrar provas, como documentos, materiais e arquivos digitais, que possam comprovar a prática dos crimes pelos investigados.
Todo o material coletado será encaminhado à Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal, com sede em Pernambuco.