Na manhã desta terça-feira (28/05) um produto desenvolvido por uma estudante britânica vem chamando muito a atenção. É uma pulseira projetada para funcionar como um alarme anti estupro, onde amigos e equipes dentro de boates podem ser avisados sobre qualquer assédio ou abuso sexual.
O aparelho pode ser ativado discretamente a partir de um simples toque. Ao ser tocada, a pulseira envia um alerta informando uma situação inconveniente. Ela foi desenvolvida pela estudante de design Beatriz Carvalho, de 21 anos, que além da pulseira, também acompanhou de perto o desenvolvimento do aplicativo.
Como funciona a pulseira anti estupro?
Toda vez que o usuário estiver em uma situação desconfortável com outro indivíduo, é possível através de toques na pulseira acionar um alerta que será enviado por meio do aplicativo. Um toque duplo fará com que a pulseira acenda e envie um segundo alarme para a equipe responsável pela segurança de uma boate.
Beatriz Carvalho teve a ideia de desenvolver o aparelho após uma experiência pessoal, onde acabou sendo assediada em sua escola quando era adolescente e isso acabou marcando sua vida. “É para ajudar as vítimas em potencial e educar agressores, que irão temer mais antes de praticar os seus atos”, relata.
A pulseira é ligada ao aplicativo Lux, assim todos os amigos podem participar e estar por dentro de onde você estará. Sempre que um comportamento for longe demais, é possível uma rápida comunicação, garantindo que nenhum abuso seja cometido.
Beatriz Carvalho diz que o incidente durante a escola ainda lhe assombra e isso é o que mais lhe motiva a tornar o seu experimento perfeito.
Estudos na Europa
Segundo alguns estudos feitos nas noites europeias, pegadas indesejadas, atenção sexual, assédio sexual e agressão são “comuns” em festivais e shows que ocorrem na Europa. Um estudo da Universidade de Leeds relata que a maioria dos incidentes e crimes não é denunciado pois as vítimas acabam levando em consideração que não serão levadas a sério ou que ninguém irá acreditar no ocorrido.
Porém o estudo concluiu que o número de acusações falsas de estupro não é maior do que o relato de outros falsos crimes, onde a mentira gira em torno dos três porcento hoje. Sendo assim os outros mais de 90% são casos reais e que merecem uma atenção especial e conscientização por parte da população.
Grande parte das casas noturnas no Reino Unido, por exemplo, não contam com políticas anti assédio e agressões sexuais. Muitas mulheres já passaram por situações bem constrangedoras pelo simples fato de estarem em uma boate ou um show.
Para Carvalho, ninguém deveria ter medo de sair e a sua pulseira pode ser a diferença para muitos.