Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado Federal, afirmou que são grandes as possibilidades de o veto à desoneração da folha salarial que foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro ser derrubado na sessão do Congresso Nacional.
Se o veto for efetivamente derrubado, 17 setores da economia serão beneficiados com a desoneração. O prazo previsto para a manutenção dos benefícios vai até o final do ano de 2021. Alcolumbre usa a votação para fortalecer-se em busca da reeleição.
Reuniões
Para analisar o veto do presidente, Alcolumbre já marcou uma sessão para o dia 30 de setembro. Entretanto, ele condicionou a inclusão da votação da proposta na pauta a um eventual acordo com o governo federal.
Segundo o presidente do Senado, o sentimento que corre pela casa de leis é de que o veto deve ser derrubado. Essas foram as palavras de Alcolumbre dadas em uma entrevista na última quarta-feira (23).
Alcolumbre busca apoio do governo
Durante os anos de seu mandato, não foram poucas as vezes que Alcolumbre não que o que Bolsonaro e sua claque esperavam. Por isso mesmo, para tentar reeleger-se como presidente do Senado, o senador busca uma aproximação com o governo.
Por isso mesmo, vários vetos (24) ainda não foram votados, o que favorece e dá espaço para a realização de acordos políticos. Para que um veto presidencial seja derrubado é preciso o voto de 41 senadores e 257 deputados.
A desoneração
O que está em jogo é a desoneração da folha de pagamento que, na prática, permitirá que as empresas paguem menos impostos de contribuição previdenciária, no tocante a folha de salários. A desoneração já existe e tem previsão para acabar no fim de 2020.
O Congresso Federal, entretanto, havia aprovado uma extensão do benefício até o fim do ano de 2021. A medida foi vetada por Bolsonaro no mês de julho, mas pode ser recuperada pelos congressistas, caso derrubem o veto.
Em um momento de recuperação econômica, as isenções podem ajudar empresas a manterem-se firmes diante da crise. Agora é esperar para ver os próximos acordos.