Diminuir os custos para empreender sempre foi uma das bandeiras defendida por Paulo Guedes, o ministro da economia do governo Bolsonaro. Para o pós-pandemia, a ideia era que a desoneração das folhas de pagamento das empresas fosse aprovada.
No entanto, o Congresso Nacional e o governo ainda não chegaram a um acordo de como isso será feito. Segundo Ricardo Barros (PP-PR), para a reforma tributária ainda não se chegou a um acordo, mas o trabalho continua nesse sentido.
A proposta precisa obedecer ao timing político
Paulo Guedes disse que o governo está terminando os últimos ajustes na proposta da reforma tributária. Ele afirmou, no entanto, que o envio da proposta ao Congresso dependerá do timing político e de um acordo entre as partes.
Basicamente, o que Guedes quer dizer é que o projeto só será enviado quando o governo tiver certeza que será aprovado. Ele apontou, entretanto, que a desoneração da folha de pagamento das empresas é uma aresta que ainda precisa ser aparada.
A desoneração
A proposta do governo visa aliviar a carga tributária que é paga pelas empresas. O problema é que não adianta fazer com que as empresas deixem de pagar um valor que supera R$ 100 bilhões, é preciso encontrar uma forma de compensar a perda.
O projeto do governo Bolsonaro, atualmente, é aliviar a carga das empresas e criar um imposto para que o povo pague essa conta. A criação de um novo imposto, nos moldes da CPMF, é visto como algo praticamente já feito.
Congresso é contra imposto
Apesar dos esforços de Bolsonaro, o Congresso tem se demonstrado contra a criação de mais um imposto para os brasileiros. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já se manifestou publicamente contra a criação de mais um tributo.
O governo tenta persuadi-lo, pois, com o comando da casa, é a ele que cabe pautar projetos e coloca-los em discussão entre os pares.
A retomada econômica brasileira está patinando e as empresas precisam, claramente, de um auxílio. Não parece boa ideia fazer com que desempregados e trabalhadores paguem a conta.