É sabido por todos que se tornou muito difícil para muito acompanhar as matérias escolares por causa da pandemia: sem as aulas presenciais, passou a ser preciso contar exclusivamente com a tecnologia e ela não está disponível para todo mundo. No caso de Allan, por exemplo, o que fez mesmo a diferença foi a boa vontade dos seus pais, Dejanira e Odilésio.
Os dois trabalham em uma lavoura de soja, sendo dessa atividade que sai toda a renda da família. Além disso, eles moram em uma casinha muito precária, que nem mesmo é feita de alvenaria e que, claro, não tem internet.
No entanto, ao saberem que o filho não poderia mais ir para escola por enquanto por causa da pandemia de COVID-19, o casal deu um jeito de Allan não ficar para trás.
A primeira providência foi comprar um smartphone usado: dessa forma, ele poderia ter acesso ao conteúdo que a escola oferece virtualmente. Porém, como fazer isso sem internet? Mais uma vez, Dejanira e Odilésio deram um show: eles procuraram em toda a lavoura por um lugar onde o sinal de Internet fosse melhor e o encontraram.
Nesse lugar, o pai usou madeira para levantar uma espécie de cabana, que foi coberta com lona; já o chão foi forrado com uma colcha, a fim de que o menino não tivesse contato direto com a terra fria. Já a carteira foi conseguida na escola que o filho frequentava antes da pandemia.
O resultado é uma sala de aula improvisada na qual o menino fica protegido dos insetos e do frio, por causa da lona. Ao mesmo tempo, ele está perto dos pais e não está perdendo o conteúdo escolar.
Ao tomar conhecimento de todo o esforço dos pais de Allan, a Razões para Acreditar, por meio do projeto Vaquinha VOAA, resolveu criar uma vaquinha para ajudar financeiramente a família. O objetivo é alcançar R$ 9.315,00; pode-se doar aqui.