Depois de mais de quarenta anos, os conceitos que eram relacionados à dor mudaram bastante. Uma atualização que foi sutil, porém foi muito relevante e que foi publicada pela Associação Internacional para o estudo da Dor (IASP) e que vem de encontro a uma parcela que é da população, que sofre de uma condição, ainda é considerada de muita dificuldade em ser compreendida.
Esses pacientes são denominados de dores nociplásticas, com doenças que podem acometer até mais de 2% que são dos brasileiros, mas por causa de não deixarem rastros que são visíveis, podem dificultar a sua identificação e o seu tratamento.
De acordo com a anestesiologista, que é a Fabíola Peixoto, que é a coordenadora da pós-graduação, especialista em dor do Ensino Einstein. Ela também destacou: ´´É uma grande conquista. Até então, existia um conceito de que era preciso encontrar uma lesão para justificar a dor. Agora ficou definido que a dor é algo individual e que deve ser tratada como uma doença em si“.
A nova publicação da IASP
Segundo a nova publicação da Associação Internacional da Dor, que também é uma grande referência no mundo das pesquisas e de políticas para o tratamento da dor. Essa condição passa a ser definida como ´´uma experiência sensorial e emocional desagradável associada, ou semelhante aquela sociedade, a um dano real ou potencial ao tecido“.
Contudo, duas mudanças que aconteceram, é em relação á designação que era anterior ao ano de 1978: Foi retirado o trecho que dizia que a dor poderia ser ´´descrita“ e foi acrescentado o termo ´´semelhante“ sobre as associações ás experiências que são sensoriais“.
´´Isso quer dizer que, as pessoas com dificuldade de comunicação ou aquelas que sintam dores parecidas com as de uma lesão- mas que não tenham sofrido nenhum trauma – passam a ser reconhecidas como pacientes portadores de doenças crônicas, e, com isso, deverão ser encaminhados para especialistas no tratamento da dor“.
´´ A inclusão da palavra semelhante é a grande-chave, pois reconhece uma dor que seja semelhante a um trauma, ainda que não tenha havido trauma nenhum. Essa definição colabora para que a dor seja valorizada. Por muitos anos, ela foi entendida como um sintoma, mas hoje sabemos que dores que duram mais de três meses é uma doença, que devem ser tratadas precocemente´´.