A situação do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, tem ficado cada vez mais complicada a cada dia e, agora, o ex-dono da loja Kopenhagen comprada pelo político foi chamado para um depoimento.
As suas revelações foram bastante prejudiciais ao senador e reforçam que este realmente fazia lavagem de dinheiro com o comércio de chocolate. Tudo isso teria como razão esconder o esquema de rachadinhas que a Polícia Federal está investigando.
De acordo com esse empresário, ele mesmo ficou sabendo que Flávio estava usando o comércio no Rio de Janeiro para lavar o dinheiro das rachadinhas e pensou em fazer uma denúncia. Entretanto, Flávio o teria impedido utilizando-se de ameaças.
Apesar de o depoimento ter sido dado à Polícia Federal, o Brasil inteiro tomou conhecimento do seu conteúdo na noite de ontem (13), quando o Jornal Nacional divulgou diversas informações a respeito.
Cabe ressaltar que Flávio Bolsonaro tem negado de forma insistente que o esquema de rachadinhas tenha acontecido em seu gabinete na época em que ainda era vereador no Rio de Janeiro.
Queiroz, um dos principais nomes do esquema, deve voltar à prisão
Outro fato relacionado ao esquema de rachadinhas e que tomou conta do noticiário ontem foi a ordem judicial para que Fabrício Queiroz voltasse à cadeia. Ele foi preso em Atibaia já alguns meses, estando escondido na residência de Wassef, advogado da família Bolsonaro na época.
Ele foi encaminhado para a detenção, mas recebeu autorização para cumprir regime domiciliar devido ao seu quadro de câncer e ao risco de contrair coronavírus no presídio.
No entanto, ele recebeu ontem a ordem judicial para que volte a cumprir o regime fechado, havendo a mesma determinação para a sua esposa, Marcia Aguiar, que ficou foragida durante muitos meses e se entregou um pouco depois da prisão do marido.
De acordo com a PF, os servidores do gabinete de Flávio Bolsonaro depositavam para Queiroz a maior parte do seu salário e este repassava a quantia de volta para o vereador.