Os índices acionários de Nova York fecharam esta quarta-feira (22) em alta tímida, em meio a queda de ações de empresas de energia e acirramento da tensão entre os Estados Unidos da América e a China.
O índice Dow Jones teve alta de 114 pontos, ou 0,43%, enquanto o S&P 500 subiu 0.32%. Já o índice de empresas de tecnologia Nasdaq teve queda de 0,05%.
Num claro sinal de que o apetite por risco está esfriando, investidores compraram ações de empresas imobiliárias e de utilidades.
Pressão EUA-China e coronavírus
A ordem do governo dos Estados Unidos de fechar o consulado chinês em Houston, no Estado do Texas, causou reação negativa dos mercados. O fechamento foi justificado por preocupações com a segurança nacional.
Em resposta, a China agora avalia fechar o consulado dos Estados Unidos em Wuhan.
O aquecimento da pressão entre as duas maiores potências mundiais acrescenta um fator de precaução em Wall Street num momento de rápido avanço dos casos de coronavírus.
Conforme a Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, no Estado de Maryland, o número de casos nos Estados Unidos já bateu 3,9 milhões de pessoas, tornando os EUA o país com maior número de casos do mundo.
Sem sinais de trégua, o aumento exponencial de casos tem levado uma série de Estados a voltarem atrás com medidas de reabertura, aumentando a preocupação de que a recuperação da economia americana será lenta.
Petróleo e biotecnologia
Ainda, dados sobre o petróleo produzidos pelo governo americano demonstraram mais uma fraqueza na economia atingida pelo coronavírus.
Conforme números do Departamento de Energia, os estoques de petróleo bruto subiram no país, contrariando expectativas e apontando para fraqueza na demanda.
Por seu turno, após os resultados positivos da pesquisa da AstraZeneca valorizarem suas ações na véspera, foi a vez da Pfizer e da BioNTech subirem no mercado de empresas de vacina.
As companhias, que desenvolvem uma vacina para o coronavírus em parceria uma com a outra, asseguraram um acordo de 1,95 bilhão de dólares com o governo americano, para a compra de 100 milhões de doses do fármaco em pesquisa.