Manifestantes pró-Bolsonaro se juntaram em ato na Esplanada dos Ministérios neste domingo (19), em Brasília.
Em meio a um aumento do número de mortes pelo novo coronavírus, dezenas de apoiadores do presidente Bolsonaro não usavam máscaras de proteção, obrigatórias no Estado desde o final de abril.
Apesar da obrigatoriedade e da multa pelo descumprimento da orientação, a Folha de São Paulo noticiou que ninguém chegou a ser autuado pela Polícia Militar, que acompanhava a manifestação.
A aglomeração foi promovida por movimentos cristãos e conservadores. Embora a maioria tenha de fato utilizado as máscaras de proteção, não houve observância ao distanciamento social.
Entre os manifestantes sem máscara, estavam idosos e integrantes do Aliança pelo Brasil, a nova tentativa de partido político do presidente.
Demandas
Caminhando da Biblioteca Nacional até o Congresso, os participantes do ato carregaram cruzes, que representavam cada unidade da federação, e rezaram pelo presidente, atualmente em quarentena e infectado pelo coronavírus.
Houve uma série de críticas e demandas dos manifestantes aos Poderes Legislativo e Judiciário.
Em faixas e cartazes, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi instado a julgar políticos que foram investigados na Operação Lava Jato. Já ao Senado Federal, demandaram a análise dos pedidos de impeachment contra ministros do STF.
Ainda, os manifestantes criticaram o novo projeto de lei das fake news, que atualmente está em discussão no Senado. No sábado (18) antes da manifestação, Bolsonaro criticou o projeto durante live no Palácio da Alvorada.
Também defenderam o impeachment dos governadores dos Estados de São Paulo (João Dória), Rio de Janeiro (Wilson Witzel) e Goiás (Ronaldo Caiado).
Aliança pelo Brasil
Junto aos apoiadores do presidente, estavam na manifestação deputados federais aliados do governo, como Major Fabiana e Daniel Freitas, integrantes do PSL eleitos, respectivamente, pelos Estados do Rio de Janeiro e de Santa Catarina.
Blogueiros investigados no inquérito das fake news e dos recentes atos antidemocráticos também marcaram presença.
Além desses grupos, integrantes do Aliança pelo Brasil integraram o ato e recolheram assinaturas para a criação do partido. Consta que, até a semana passada, foram colhidas 15.721 assinaturas, apenas 3,2% do mínimo de 492 mil necessárias.