Segundo um estudo realizado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas nesta quinta-feira (30), os pagamentos das várias parcelas do auxílio emergencial elevaram a renda mensal dos trabalhadores em cerca de 24%, considerando o período anterior.
Assim, pelo menos nos números, verifica-se que o pagamento do auxílio emergencial serviu para compensar a perda de emprego e os cortes de salários decorrentes da quarentena em virtude da pandemia.
Segundo as estatísticas, caso não houvesse o pagamento do auxílio, que permitiu um aumento da renda mensal em 24%, ocorreria exatamente o oposto. As projeções eram de que a renda mensal do trabalhador cairia 18%.
Quem ganhou mais com o auxílio emergencial
A pesquisa buscou fazer uma comparação entre os trabalhadores e verificou quais deles foram mais impactados e beneficiados com o recebimento do auxílio. São eles:
- 71%: Auxiliares agropecuários;
- 61%: Diaristas e empregadas domésticas;
- 59%: Criadores e agricultores;
- 52%: faxineiros e auxiliares da área de limpeza;
- 45%: zeladores e porteiros.
No país
A Fundação Getúlio Vargas também buscou fazer um recorte por regiões do país. Assim, verificou-se que os maiores ganhos foram nas cidades do norte e nordeste do país, onde os trabalhadores tiveram um aumento significativo da renda.
O quadro ficou assim:
- 132%: Alagoas;
- 126%: Sergipe
- 124%: Maranhão;
- 119%: Bahia;
- 116%: Pará.
A FGV informou que, quando do estudo, estavam sendo pagos os valores do auxilio emergencial para um total de 64 milhões de pessoas, o que foi a base do estudo feito.
Trabalhadores informais
Outra categoria que foi beneficiada com os pagamentos foi a dos trabalhadores informais. O estudo indicou que a renda deles que era de em média R$1.344 subiu para R$2.016. Na média geral, o aumento foi de cerca de 50%.
O ponto é importante porque os estudos indicavam que os informais seriam os mais prejudicados caso não existisse o auxílio emergencial. Se os trabalhadores formais tinham previsão de regredir 8% na renda, para os informais a previsão era de perder 19%.
Os pagamentos do auxílio emergencial continuam normalmente até a 5ª parcela. Ainda não há informações sobre prorrogação do pagamento.