Na manhã desta quarta-feira, dia 08 de maio de 2019, a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Disfarces de Mamon, que marca a 61ª fase da Lava Jato em Curitiba. Nela foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, além de outros 41 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Porto Alegre e também no Rio de Janeiro.
A fase mira funcionários do Banco Paulista S.A. Ela foi autorizada pelo juiz federal Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde o principal foco é combater um suposto esquema de lavagem de dinheiro através de funcionários do alto escalão deste banco.
Quem é o Banco Paulista?
Esta é uma instituição financeira que conta com autorizações do Banco Central para funcionar como Banco Comercial deste 1990. No último ano de 2015 o banco passou a ser Banco Múltiplo, onde também poderia atuar na área de Carteira de Investimentos.
A Socopa, instituição fundada em 1967, acabou se tornando uma subsidiária integral do banco.
Operação Disfarces de Mamom – 61ª fase da Lava Jato
Segundo a inteligência da operação Lava Jato, funcionários do alto escalão do Banco Paulista praticavam lavagem de dinheiro através do esquema de corrupção da Petrobras. A investigação cita que os funcionários do banco eram responsáveis por contratar empresas de fachada, das quais emitiam notas ficais e outros contratos simulados, para que pudessem justificar o serviço fictício e assim dificultar a identificação dos pagamentos feitos e recebidos pelo Banco Paulista no exterior.
A partir dai, o banco contava com ajuda de doleiros que remetiam os valores para o exterior, através de operações “Dólar Cabo”, dando uma aparência de legalidade nas operações.
Foram pras ruas aproximadamente 170 policiais federais. Seus objetivos são cumprir três mandados de prisão preventiva e 41 mandados de busca e apreensão nas três cidades já citadas aqui no artigo.
Presos na 61ª operação Lava Jato
Segundo a PF os presos são funcionados do Banco Paulista, onde um deles atuava na mesa de câmbio, outro o diretor geral do banco e outro o responsável pela área de operações de câmbio.
Eles começaram a ser investigados a partir do depoimento de colaboradores através de três funcionários de uma instituição financeira no exterior. Essa instituição atuava diretamente ocultando capitais em operações criminosas a favor do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, um dos alvos mais ativos da Lava Jato.
É a primeira vez que uma operação cumpre os mandados na sede de um banco, sem passar por outros locais antes.
Os presos devem seguir para a Superintendência no Paraná, onde serão iniciadas as interrogações.