Abraham Weintraub, que ficou por mais de um ano como Ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) pode não precisar deixar seu cargo de diretor-executivo do Banco Mundial no mês que vem, como estava determinado.
Isso porque o governo brasileiro está interessado em apoiá-lo em uma eleição e, para isso, já comunicou oficialmente o órgão. Inclusive, espera-se que o Brasil procure o apoio de outros países que estão em seu mesmo grupo: República Dominicana, Haiti, Suriname, Colômbia, Equador, Filipinas e Trinidad e Tobago.
No caso de a eleição no Banco Mundial ocorrer da forma que o governo espera, então Abraham Weintraub continuaria na instituição até 2022 e, provavelmente, terá uma remuneração de U$ 250.000 por ano.
A votação para definir se o ex-ministro da Educação fica mesmo no cargo de diretor-executivo deve ocorrer em breve, antes do último dia do mês de outubro.
Weintraub saiu do país sob suspeitas
A saída do político da pasta da Educação foi bastante conturbada e aconteceu no mês de junho, dois meses depois de ele declarar que gostaria de mandar prender os magistrados do Supremo Tribunal Federal. Uma das razões para a sua fala é que o STF deu aos prefeitos e governadores estaduais autonomia sobre as decisões relacionadas ao isolamento social.
Na mesma reunião ministerial, falas controversas da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos (Damares Alves) e do Meio Ambiente (Ricardo Salles) também se tornaram conhecidas. Ambos continuam em seus cargos até agora.
Abraham Weintraub foi pouco tempo depois para Miami a fim de assumir a função de diretor-executivo do Banco Mundial, mas muitos suspeitaram de que o passaporte diplomático estava sendo usado indevidamente, com proteção do presidente.