O governo da China passou a fazer uma nova exigência para as igrejas e templos que desejam realizar seus cultos no país. Agora, cristãos e praticantes de outras religiões precisarão fazer doações ao governo para poderem abrir seus locais de culto.
As doações, segundo o governo, serão utilizadas para auxiliar no combate a pandemia do novo coronavírus.
Aviso
Já no mês de maio, na cidade de Xiantão, na província de Hubei, o Departamento de Assuntos Religiosos informou aos guardiões de um templo budista que todos os locais de culto que desejassem abrir suas portas precisariam fazer doações.
Todo o valor doado seria destinado às áreas mais afetadas pela pandemia. Hubei foi o epicentro da doença no mundo e milhões de pessoas precisaram ficar em quarentena.
Fome
Com mais esse gasto, os religiosos que atuam na China estão precisando se desdobrar pra conseguir o próprio sustento. Uma freira budista tem vendido pães nas ruas de Chengshan, na província de Liaoning.
Já o monge de Xiantão que foi avisado em maio está com o templo fechado desde janeiro e não tem como se sustentar. Ele disse que o governo coleta informações sofre as ofertas recebidas pelos templos e, se não houver pagamento, podem ser punidos.
Igrejas cristãs
As igrejas cristãs também precisam realizar as contribuições. A ameaça é de que, se não forem realizadas, as permissões de funcionamento podem ser cassadas. As igrejas sugeriram fazer as doações diretamente na conta das pessoas necessitadas, mas o governo declinou.
Os valores das doações obrigatórias vão de 4.000 a 10.000 RMB, o que dá entre RS$560 e US$1.400.
Apurou-se que no início do mês de fevereiro, em Três Eus, em Xianju, houve exigência por parte de Dois Conselhos Cristãos Chineses, para que cada membro das congregações fizesse doações de cerca de US$14.
Diante disso, muitos membros que viviam sozinhos e que não tinham outras fontes de sustento precisaram fazer a doação e, com isso, prejudicaram a manutenção da própria renda.
A obrigação continua para todos os templos de todas as religiões até que passe a pandemia.