Após alguns dos protestos mais violentos dos últimos anos na China, onde resultou na suspensão da calorosa lei de extradição, milhares de chineses voltam as ruas neste domingo (16/06), mas agora pedem a demissão de Carrie Lam, governante de Hong Kong.
Pessoas estão nas ruas vestidos de preto e a mensagem é uma só “Que a líder da cidade, Carrie Lam, renuncie ao seu cargo”. Para eles, a suspensão da lei de extradição, apesar de ter sido um recuo importante, não foi o suficiente diante dos últimos atos da governante.
No protesto os manifestantes carregaram cartazes dizendo, “Não atirem, somos de Hong Kong”, isso porque na última manifestação, os policiais se viram obrigados a lançarem bombas de gás lacrimogênio e a atirarem balas de borracha para conter os manifestantes, que estavam nos arredores do centro financeiro de Hong Kong.
Saída de Carrie Lam
Para os manifestantes, a líder Carrie Lam não agiu corretamente ao simplesmente não realizar um pedido de desculpas formal sobre a lei de extradição. Muitos citam que ela é uma “líder terrível, com muitas mentiras”. Os manifestantes acreditam que ela só recuou para acalmar a população, mas que a lei será novamente apresentada em um futuro próximo. Portanto a melhor solução é a sua renúncia.
Ninguém está mais acreditando em Lam, por isso é importante que ela deixe a liderança de Hong Kong, para evitar que uma lei como a de extradição para julgamento na China continental seja aprovada.
Protestos em Hong Kong
Milhares de pessoas estão nas ruas de Hong Kong neste domingo, o que fez diversas pessoas passarem mal, já que as temperaturas na região estão acima dos 30ºC.
A população marcha rumo aos prédios do governo, na região central da cidade. Durante o percurso, toda vez que os organizadores pediam que Carrie Lam saísse do governo, a multidão aplaudia as palavras.
Esta é a manifestação mais significativa na região desde que o Reino Unido devolveu o território à China no último ano de 1997.