A situação do Campeonato Brasileiro neste último final de semana se mostrou caótica: o Goiás, que disputaria uma partida com o São Paulo, não pode entrar em campo por ficar detectado, apenas uma hora antes do jogo, que nada menos que 10 jogadores tinham sido contaminados pelo novo coronavírus.
A partida, claro, foi suspensa; pouco depois, ocorreu o mesmo com o clube CSA, mas com um número ainda maior de jogadores infectados: 18 atletas. Mais uma partida suspensa.
Tudo isso tem deixado os dirigentes doa clubes bastante aflitos porque essas suspensões têm afetado diretamente o andamento do campeonato, que já ficou parado por praticamente cinco meses.
É claro que há atletas suficientes para as necessárias substituições enquanto os infectados se tratam, mas a demora em todo o processo está causando fúria nos times. Devido a isso, uma representação foi enviada à Confederação Brasileira de Futebol por parte do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo.
A principal solicitação é que os jogadores passem a ficar isolados, diminuindo a probabilidade de eles se contaminarem quando estão fora das dependências do clube. Para embasar essa solicitação, está sendo usado como exemplo o campeonato alemão, que adotou a medida de manter os seus atletas longe de quem possa oferecer qualquer risco nos dias imediatamente anteriores às partidas.
É claro que os atletas teriam de concordar com a ideia de ficarem isolados em instalações específicas por alguns dias antes de entrar em campo, significando que eles não poderiam estar com os seus familiares, por exemplo.
Para tentar aplacar os ânimos, a CBF liberou a permissão para que os clubes procurem outros laboratórios de análises clínicas, além dos já autorizados, a fim de fazer os testes de COVID-19 nos atletas. Dessa maneira, eles receberiam os resultados mais rápido e poderiam substituir os jogadores eventualmente contaminados.
Sem dúvida, ter acesso mais cedo ao resultado dos testes de COVID-19 dos atletas diminuiria as chances de acontecer o que foi visto na última rodada.