Carolina Sena, uma jovem que mora na cidade cearense de Crato, estava sensibilizada com o fato de que muitas pessoas na região estavam em dificuldades financeiras e até com problemas para comprar alimentos.
Não paravam de surgir relatos de mães que precisavam de ajuda para alimentar seus filhos, pessoas que tinham perdido o emprego por causa da pandemia, outras que não estavam recebendo o auxílio emergencial e tudo isso criou em Carolina a sensação de que era preciso ajudar esses cidadãos com urgência.
Foi então que, depois de considerar como essa ajuda seria possível, ela teve a ideia de criar o que ficou conhecido como “Mesa solidária”: trata-se de uma pequena mesa mesmo, que fica em lugar público e com itens doados em cima dela. A pessoa que está precisando de algo que está ali pode simplesmente pegar e levar para casa.
Por outro lado, quem não está precisando de nada e pode ajudar é convidado a deixar alguma doação: pode ser uma máscara, um quilo de alimento não perecível, sabonete, etc.
Não demorou muito para que praticamente a cidade de Crato inteira tomasse conhecimento da “Mesinha solidária” e quisesse ajudar. Foi assim que cada vez mais e mais alimentos passaram a ser doados, bem como itens de higiene e de proteção, como as máscaras laváveis.
Um motivo para que tanta gente ficasse sabendo dessa iniciativa foi a utilização da Internet: a mãe da Carolina foi a responsável por fazer a divulgação em sua rede social. Isso fez com que pessoas de fora do Brasil também se sensibilizassem e entrassem em contato com a moça para doar dinheiro. Carolina aceitou e empregou a quantia para adquirir cestas básicas.
Projeto “Mesinha solidária” tem outras formas
Um projeto semelhante já tinha sido criado por mulheres que deixavam caixas de papelão em banheiros públicos contendo absorventes, desodorantes, lenços umedecidos e coisas assim. As mulheres que necessitassem poderiam retirar qualquer item de lá ou deixar alguma doação.