Uma suposta ideia do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já está causando preocupação em pesquisadores: de acordo com informações internas, seria liberado para a Farmácia Popular uma espécie de coquetel de medicações contra o novo coronavírus.
Dessa maneira, pessoas que testassem positivo poderiam comprar esses remédios com muita economia, já que a Farmácia Popular serve para tornar o acesso a compostos farmacêuticos mais fácil.
O grande problema é que esse suposto coquetel tem medicamentos que os pesquisadores de várias partes do mundo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) já declararam que não são seguros e não têm eficiência comprovada por meio de testes.
As substâncias que o Ministério da Saúde estaria planejando oferecer aos brasileiros como tratamento contra a COVID-19 são a azitromicina, a hidroxicloroquina e o vermífugo ivermectina, usado para conter infestações de piolhos.
A hidroxicloroquina, por exemplo, já passou por testes na própria OMS e nos Estados Unidos: ambos cancelaram todos os protocolos porque não encontraram nenhum indício de vantagem aos pacientes com a COVID-19. Pelo contrário, os efeitos negativos sobre o coração seriam muito graves e poderiam levar à morte.
Já no caso da ivermectina, surgiram comunicados dos médicos há alguns médicos ressaltando que não havia confirmações de que esse vermífugo era útil para combater o novo coronavírus.
Presença de Pazuello no comando da pasta da Saúde tem favorecido esse tipo de estratégia
Pazuello começou no Ministério da Saúde como interino em maio, depois que Nelson Teich pediu para deixar o governo. Tanto ele quanto o Luiz Henrique Mandetta, que estava na função antes dele, eram contra a ministração de hidroxicloroquina e a substância só se tornou protocolo autorizado a partir da gestão do interino.