Uma nova lei imposta pelo governo chinês ao território autônomo de Hong Kong tem preocupado organizações cristãs internacionais que possuem algum escritório na área, ou que tem conexões na região.
Hong Kong é considerado um território autônomo da China e, por isso, goza de certo grau de independência. Entretanto, a região ainda precisa seguir as regras que são ditadas por Pekin.
A nova lei
A nova legislação chinesa prevê como crime o que foi descrito na norma como “secessão, subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras na Região Administrativa especial da china”. A nova regra pode atingir as missões cristãs.
Há acusações por parte da população de que a nova regra tem como única função punir aqueles que fizerem críticas públicas ao mandatário chinês, Xi Jimping.
Prisões
Com a lei vigorando desde o dia 30 de junho, as primeiras prisões já começaram a ocorrer. Uma garota de 15 anos teria sido presa por exibir uma bandeira de Hong Kong em meio a um protesto que pedia a independência total do território.
Um outro homem teria sido preso pelo mesmo motivo e cerca de 360 manifestantes foram detidos ainda quando a lei estava nas primeiras 24 horas de vigência.
Processos fechados
O texto da lei não permite apenas as prisões, mas também que Pekin volte a controlar os processos judiciais que correm em Hong Kong. Permite ainda o uso de escutas e prevê a extradição para a China de eventuais criminosos.
Além disso, o texto da lei prevê processos criminais fechados, o que dificulta a possibilidade de defesa, além de apontar que mesmo estrangeiros podem ser enquadrados na lei.
Cristãos preocupados
A previsão de punição para “qualquer interferência estrangeira” tem preocupado os missionários que atuam na região. A regra poderia, por exemplo, impedir que as missões continuassem, assim como ocorre na China.
Missionários já teriam sido avisados que Pekin está monitorando as atividades dos cristãos na região e o temor é que ocorra na região o que já ocorre na China, uma perseguição aos missionários e as igrejas em geral.