A amotinação de diversos soldados no Mali teve consequência muito sérias para a sua administração local, em especial para o seu presidente, Ibrahim Boubacar Keita. Na realidade, ele se tornou ex-presidente, embora isso só tenha vindo a público dois dias depois do processo.
Tudo isso se deu pelo fato de uma grande quantidade de soldados insatisfeitos resolverem protestar, mas de forma violenta. Inclusive, o presidente chegou a ser praticamente sequestrado e a violência com a qual os amotinados agiram fizeram com que ele resolvesse renunciar.
De acordo com Keita, a sua intenção é evitar que haja ainda mais violência e que mais pessoas sejam afetadas. Isso inclui até mesmo atentados que podem deixar pessoas mortas ou feridas severamente.
Vale salientar que a situação do país já está complicada em decorrência da pandemia de coronavírus, havendo muitos casos confirmados da doença por lá. Por enquanto, o país contabiliza 125 mortes por causa do novo coronavírus, sendo um número controlado em comparação com o que se percebe em outros lugares.
Há também 2.666 casos confirmados e a quantidade de pessoas infectadas não foi atualizada considerando as últimas 24h.
É claro que a renúncia de um presidente não é o quadro ideal para um momento de pandemia como o de agora. Porém, Keita acredita que continuar no cargo de líder do país seria pior por causa da possibilidade de ações ainda mais violentas e que possam prejudicar a população.
Até o momento, a polícia de Mali está em busca de quem está envolvido no sequestro do presidente nos demais atos de violência no país. Vale ressaltar que essa situação não é inédita por lá e que, nos últimos oito anos, essa é a segunda vez que uma amotinação desse tipo resulta na queda do principal líder do país.
Com relação ao mandato de Keita, ele próprio ressaltou que ainda faltavam três anos até as próximas eleições no país, que é um dos lugares onde mais cristãos mais sofrem pela sua fé.