A deputada carioca Flordelis continua exercendo o seu mandato, mesmo sendo acusada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a comandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
Filiada ao PSD, ela continua na vida pública por causa da imunidade parlamentar e foi por causa disso que ela decidiu que os três filhos presos e que trabalhavam para ela no gabinete deveriam ser demitidos. Provavelmente, essa é uma estratégia para que o nome da parlamentar se desvincule, mesmo que minimamente, do crime que está nas manchetes desde o começo da semana.
Os filhos que foram exonerados são André Luiz de Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco da Silva e Paulo Victor Izidorio Ferreira. Os dois primeiros tinham R$ 31.000 de remuneração mensal e exerciam a função de secretários; por outro lado, o salário do último era bem menor e ficava na casa dos R$ 2.000.
Além desses três, outros membros da família estão presos por terem cooperado no esquema que executou o pastor Anderson do Carmo com 30 tiros, em junho do ano passado. Inclusive, uma parte dos fiéis da igreja que Flordelis comanda também estão sob investigação depois que uma ex-nora da parlamentar relatou à polícia a participação desses nas tentativas de envenenamento.
Ao mesmo tempo em que Flordelis demitiu esses três filhos, ela própria só poderá ser presa caso perca a imunidade parlamentar, o que significa também perder o seu mandato. De acordo com o que se apurou, o PSD está inclinado a expulsá-la da legenda, o que pode facilitar muito o processo.
Nessa semana, Flordelis chegou a se pronunciar dizendo que toda a situação que está sendo veiculada na mídia será esclarecida, dando a entender que não tem qualquer participação no assassinato do seu marido ou nas tentativas de envenená-lo usando doses de arsênico.
Inclusive, ao fazer essa declaração, Flordelis chegou a convocar fiéis para comparecer à sua Igreja e participar de uma celebração religiosa.