Na noite desta quinta-feira, 11 de julho, Eduardo Bolsonaro foi mencionado como o novo Embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Ainda é uma “cogitação”, mas a informação saiu da boca do próprio presidente Jair Bolsonaro, fortalecendo ainda mais a nomeação de seu filho para o cargo.
Bolsonaro comentou sobre o caso quando foi indagado por repórteres durante uma entrevista coletiva sobre o assunto. A dúvida dos repórteres e a fala do presidente aconteceu logo após a cerimônia solene de posse de Alexandre Ramagem, o novo diretor geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Jair Bolsonaro respondeu que a nomeação da chefia do chanceler brasileiro em Washington só depende do próprio Eduardo Bolsonaro, que ainda precisa ponderar a situação, já que é Deputado Federal e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, cargos dos quais deverá se abdicar caso assuma como embaixador.
Bolsonaro disse que o cargo de embaixador já foi cogitado no passado, pois seria uma situação boa com relação ao “custo/benefício”. Isso porque ele acredita que o fato do embaixador de um país ser o próprio filho, o tratamento seria diferente de outra pessoa.
Ele ainda cita que se no Brasil o embaixador da argentina fosse o filho de Maurício Macri, atual presidente, com certeza as relações seriam um pouco diferenciadas.
Em uma de suas frases ele cita:
“… É uma coisa que está no meu radar, sim, existe essa possibilidade. Ele é amigo dos filhos do Trump, fala inglês, fala espanhol, tem vivência muito grande de mundo. No meu entender, poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente em Washington …”
O que diz Eduardo Bolsonaro?
Apesar de ser algo que já havia sido cogitado, Eduardo Bolsonaro se manifestou logo após as declarações do pai. Ele disse que irá cumprir da melhor maneira possível a missão que receber do presidente, independente de onde ela fora.
Na Câmara dos Deputados ele deu uma entrevista coletiva onde relatou que está disposto a renunciar o mandato de deputado Federal e da Comissão de Relações Exteriores, para assumir o comando da embaixada brasileira na capital americana. Ele disse que se o presidente oficializar o convite, irá aceitar.
A conversa final sobre este assunto não deve passar deste final de semana, onde estarão reunidos alguns assessores, o presidente e o Ministro das Relações Exteriores, para buscar uma estratégia mais consistente sobre o caso.