O Brasil pode ganhar o primeiro serviço de entrega por drones já nos próximos dias. A cidade escolhida para iniciar os testes será Campinas e o aval está vindo diretamente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que é a responsável por regularizar o espaço aéreo brasileiro, inclusive neste quesito de entrega.
Após meses de discussões, a empresa SMX Systems/Speedbird Aero, responsável por desenvolver drones e sistemas aéreos, pretende começar nos próximos dias os serviços de entregas de cargas leves em Campinas, São Paulo.
A cidade será a pioneira neste modelo de delivery e a SMX é parceira do aplicativo de entregas de comida o iFood. A previsão das viagens de teste deverá acontecer já a partir do próximo mês de setembro.
Com as entregas por drone, a empresa espera reduzir o tempo de serviço em cerca de 12% do que é feito hoje. Normalmente uma entrega pelo aplicativo é feita em 20 minutos, a expectativa é que este número caia para 2 minutos e meio.
Logística iFood
O diretor de logística do iFood, Roberto Gandolfo, deu uma declaração de que este será um projeto para gerar conhecimento, antes de chegar a outras cidades. “Iremos aprender em Campinas, e depois levar o serviço para o restante do país”.
A SMX trabalha para aprimorar os equipamentos atuais disponíveis no mercado, onde o objetivo é cumprir as regras da ANAC e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), avançando nas liberações para tornar um serviço seguro e de qualidade.
Hoje não há nenhum serviço semelhante no Brasil, algo que nos Estados Unidos e China já é uma prática “comum”.
Como irá funcionar as entregas por drone em Campinas?
Inicialmente haverá duas rotas na cidade paulista. Uma irá ocorrer dentro do Shopping Iguatemi, onde os drones deverão levar os pedidos da área dos restaurantes até uma central de distribuição ou até o consumidor final diretamente.
Hoje o trajeto a pé entre o restaurante e a área externa do centro de compras no shopping leva entre 8 e 12 minutos. Com a novidade a estimativa é encurtar o tempo em no máximo 1 minuto.
A segunda rota ainda não tem um destino confirmado, porém é de se esperar que os pedidos sejam levados até a porta do cliente. Mas esse é o ponto mais complicado, pois é preciso que cada rota realizada pelo drone seja autorizada pelo DECEA e que também haja um ponto de aterrissagem correspondente a uma área de pelo menos 5 metros de diâmetro.
Drone nacional
O drone que está sendo desenvolvido para o iFood é 100% brasileiro. O equipamento conta com 1,4 metro de diâmetro, dois GPS, tecnologia 4G, paraquedas de emergência e realizará suas viagens graças aos seis motores.