Além da morte de animais, ação oferece risco à comunidade
O envenenamento de animais tem se tornado quase que uma rotina na cidade de Santiago. Além de provocar a morte dos bichos, tem colocado em risco a vida dos seres humanos, como salienta a coordenadora do Centro de Zoonoses de Santiago, Eva Muller. Ela afirma que já foram registrados alguns casos de crianças que foram envenenadas por contato com os restos de alimentos jogados aos bichos ou pela saliva dos mesmos. Eva lembra que os venenos usados são proibidos no Brasil, como estriquinina, por exemplo, o que se configura numa grande preocupação para a fiscalização.
A médica veterinária orienta que, ao se deparar com o cachorro ou gato envenenado, o proprietário deve tomar muito cuidado, pois o estado de ansiedade do animal pode provocar reação de ataque e acabar mordendo o dono. Estes animais, nesta situação, devem ser encaminhados rapidamente ao atendimento veterinário. Em relação ao uso do leite, Eva Muller destaca que o produto é desaconselhável, pois, dependendo do tipo de veneno usado, pode provocar um aumento dos sintomas. Um pouco de carvão ativado e a salmora podem fazer com que o animal vomite “Nunca dê leite para um animal com suspeita de envenenamento”, alerta Eva.
Quem for mordido deve lavar bem o local com sabão em água corrente (e nunca sabonete) e procurar o atendimento médico. A coordenadora do Centro de Zoonoses orienta as pessoas que tiveram seus animais envenenados para que procurem a Delegacia de Polícia para registro da ocorrência, informando possíveis suspeitos e quem possa estar comercializando o veneno, quando isso for possível.
CAMPANHA
Quanto à campanha de arrecadação de material como roupas e jornais para amenizar o frio dos animais no canil, Eva Muller afirma que foram muitas as doações já recebidas, inclusive da cidade de Unistalda. Jornais e caixas podem continuar sendo enviadas ao canil, pois nunca sobram, assim como tábuas para reforma e construção de casas dos cachorros. Eva Muller explica que todos os animais podem ser adotados, mas “enquanto isso não ocorre é preciso oferecer o mínimo de abrigo a eles neste inverno.