Luana Vedovi Pimenta, que já foi casada com um dos filhos da deputada Flordelis, contou à Polícia Civil do Rio de Janeiro que fiéis da Igreja onde a parlamentar é pastora podem estar envolvidos nas tentativas de assassinato de Anderson do Carmo.
De acordo com o que Luana declarou, alguns desses fiéis teriam colaborado com a obtenção de arsênico, veneno que foi utilizado para tentar envenenar o pastor durante alguns anos, mas sem resultado. Um dos filhos biológicos de Flordelis, Simone (que namorou com Anderson há alguns anos), chegou a dizer que ele “era difícil de morrer”.
Além de relatar à Polícia carioca essa possibilidade, Luana também se colocou como testemunha ocular, já que relatou ter presenciado momentos em que a parlamentar ordenava que outras pessoas adicionassem o arsênico aos alimentos que eram dados ao pastor Anderson.
Ao que parece, a intenção era que o arsênico fosse acumulado no organismo e culminasse em um problema de saúde que levasse Anderson à morte. Porém, depois de anos fazendo tentativas e mais tentativas, ela teria recrutado alguns dos seus filhos para forjar a tentativa de assalto e alvejar o marido, que levou 30 tiros.
No dia em que os seus filhos foram presos e as autoridades cariocas a declararam como mandante do crime, chamou a atenção o fato de que Flordelis ministrou um culto evangélico na congregação. Além disso, em uma das mensagens nas quais tratava do crime com os seus filhos, ela disse que a separação de Anderson seria um escândalo para Deus.
No momento, a Polícia Civil do Rio de Janeiro está verificando se alguns dos fiéis da congregação de fato ajudaram Flordelis a ministrar arsênico ao pastor Anderson do Carmo e, mesmo que essa não tenha sido a sua causa mortis, essas pessoas podem ser acusadas e presas.
Por enquanto, Flordelis segue cumprindo o seu mandato de deputada e, enquanto tiver a imunidade referente ao seu cargo, ela está livre de ser presa.