Fred Ramon, de 20 anos, teve uma infância pobre em Cajueiro Seco, na Grande (Recife), e vê o aprendizado como uma forma de mudar a vida. Ele foi admitido em nove universidades americanas e está se preparando para estudar ciência da computação e estudos globais no Whittier College em Los Angeles.
Negro e filho de faxineira, este jovem estudou em escolas públicas por toda a vida e concluiu o ensino médio em 2018.
Seu interesse em aprender outro idioma (como o inglês) veio de ouvir canções de cantores populares americanos. Ele lembrou que sempre gostou de ouvir o que eles cantavam e queria falar com eles. Além disso, relatou que ouvia música estrangeira desde criança, o que o deixava ansioso para aprender o idioma.
O resultado de seu árduo trabalho foi uma bolsa de 70% em uma universidade em Los Angeles, e ele também foi aprovado por várias outras universidades.
De acordo com o jovem, seu interesse em aprender vem do que uma boa educação pode proporcionar. Sua coleção de livros é o principal tesouro da residência que ainda não foi concluída.
Alguns de seus livros foram encontrados na lata de lixo. Com a ajuda dos livros, aprendeu outras línguas e começou a acumular diplomas sem parar. Ele fez um curso após o outro.
Durante o ensino médio, Fred fez 10 cursos. Ele disse que, além de dançarino, também fez cursos de idiomas, empreendedorismo e arte.
Suely Santo é mãe de Fred e fala com orgulho do filho. Ela disse que nunca pediu ao filho para estudar, as notas dele eram muito altas e ela não tinha problemas com ele. Quando chovia, ele dobrava as calças e carregava os sapatos na mão para não faltar às aulas.
Fred quis compartilhar o conhecimento que adquiriu. Fez trabalho voluntário, deu aula de línguas para diversas crianças. Durante a pandemia ele estava focado em seus estudos.
Não foi só o conhecimento de sala de aula que ajudou na aprovação de Fred, mas também aquilo que ele praticou fora da escola, no seu papel de cidadão. Ex-professores escreveram cartas de recomendação para ele.
Via: r.search.yahoo.com