O tema “aborto” é viral por si só: todo tipo de notícia relacionado a esse assunto mobiliza os internautas, que dão suas opiniões a favor e contra o procedimento. Agora, quem incendiou novamente esse debate foi a Assembleia Nacional da França.
De acordo com os parlamentares de lá, as gestantes francesas agora poderão optar pelo aborto em absolutamente qualquer mês, até no nono. Antes disso, as mães só podiam realizar o procedimento durante o primeiro trimestre da gestação.
Entretanto, há a restrição de que essas gestantes tenham o que a Assembleia Nacional da França classificou como “problemas psicossociais”, apesar de não ter dado detalhes sobre o que isso significaria.
Inclusive, a falta de detalhes também tem sido criticada por parte da população francesa e dos internautas do mundo todo, já que isso poderia abrir portas para que qualquer mulher que não queira ter a criança alegue que tem problemas psicossociais, sem ao menos haver uma definição para isso.
Apesar de a Assembleia ter aprovado essa mudança na legislação do aborto, ainda será preciso que o Senado da França faça a sua própria sessão a respeito para que a liberação mais ampla do aborto entre em vigor.
No Brasil, aborto continua restrito
A discussão sobre o aborto no Brasil também é acalorada, inclusive porque o procedimento é contra a lei, a menos que se prove que a mulher foi estuprada ou que a criança tem problemas sérios de saúde que farão com que ela vá a óbito em pouco tempo.
Caso não seja possível realizar o parto sem que a mãe vá a óbito, também é permitido à mulher escolher o aborto.
Há um grande movimento para que as mulheres possam abortar independentemente das situações acima, ou seja, pelo simples fato de elas não desejarem ser mães. Porém, a lei brasileira continua prevendo que as pessoas envolvidas no aborto (os facilitadores e responsáveis diretos) recebam pena de 10 anos de reclusão. Para a gestante, 03 anos.