Na última semana, o mundo recebeu a notícia de que a vacina contra a COVID-19 produzida pela Rússia receberia o registro final para ser fabricada e distribuída em massa. De acordo com as informações, esse registro seria feito amanhã (12).
No entanto, o registro em questão foi feito hoje mesmo e uma nova especulação tomou conta dos noticiários: a de que o Estado de São Paulo seria o responsável pela fabricação da Sputinik V, como o governo russo batizou o imunizante.
Devido a todas essas incertezas, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB) falou à Rádio Bandeirantes para desmentir a história. Ele contou que o governo russo, de fato, convidou São Paulo (especificamente o Instituto Butantã) para realizar a fabricação do seu imunizante, mas a oferta foi recusada.
Na sua entrevista, Dória disse que o motivo para recusar o convite do governo russo não foi um pré-julgamento com relação à vacina russa, mas sim o fato de já existir uma parceria com o laboratório chinês Sinovac. Dessa maneira, foi feita a opção de se dedicar totalmente à fabricação da Coronavac.
Inclusive, a vacina feita em parceria com a China pode já ser distribuída à população brasileira em fevereiro: assim que a fase três de testes acabar, o que deve ocorrer aproximadamente em novembro, o Instituto Butantã dará início à fabricação das milhões de doses.
Vacina russa tem gerado receio
Era esperado que o registro da primeira vacina do mundo contra o coronavírus gerasse um sentimento de felicidade e de confiança, mas não é isso que a vacina russa tem despertado. Na verdade, a maioria das pessoas está receosa pelo fato de os especialistas acharem que faltaram testes.
Para os médicos e cientistas, registrar uma vacina desse tipo sem que a etapa final de testes tenha sido concluída é muito perigoso. Primeiro, porque não se sabe se o imunizante causaria danos graves à saúde e, em segundo, porque ele pode não possuir toda a eficiência esperada.