O programa Minha Casa Minha Vida se tornou um dos maiores símbolos do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), em especial nos mandatos do ex-presidente Lula. Entretanto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resolveu criar um novo programa habitacional, mais moderno e que visa atender a 1.600.000 famílias, inicialmente.
Com o nome de Casa Verde e Amarela, ele passou a vigorar por meio de uma medida provisória que veio a público nesta terça-feira (25). Uma das principais coisas anunciadas por Bolsonaro hoje a respeito desse novo programa é que a quantidade de juros cobrados dos beneficiários será menor, o que vem bastante a calhar neste momento em que as pessoas estão passando por grandes necessidades.
Caso as famílias que se inscrevam no programa Casa Verde e Amarela possuam de R$ 2.000 a R$ 2.600 de renda mensal, então os juros habitacionais ficarão em 0,25%; para as famílias que possuem R$ 2.000 ou menos como renda, os juros em questão serão de 0,5% (ou até menores que isso).
De acordo com o que fica claro, a intenção do presidente é manter o seu apoio em regiões estratégicas e que, antigamente, eram redutos de eleitores do PT: o Nordeste e o Norte. Nas últimas eleições, esses eram Estados nos quais os candidatos do PT tinham mais votos e o presidente Bolsonaro, aos poucos, tem conseguido aumentar a sua aceitação por lá.
O programa Casa Verde e Amarela é outra forma de melhorar esse apoio, inclusive porque os moradores dessas duas regiões são os principais focos a ser atendidos.
O Palácio do Planalto tem, no entanto, outra justificativa para criar um novo programa habitacional: o fato de muitas pessoas cadastradas no Minha Casa Minha Vida não serem atendidas devido aos problemas financeiros que o programa enfrenta. Foi mencionado “déficit”, mas não houve menção a desvios: por isso, entende-se que Bolsonaro quis dizer que faltou administração responsável de todos os recursos.
Uma fração grande do FGTS poderá ser direcionada à compra dessas moradias nos próximos anos.