As Forças Armadas da Venezuela estão em alerta laranja na fronteira com a Colômbia, sob um possível início de guerra com o país vizinho. O presidente Nicolás Maduro, ordenou na tarde desta terça-feira (03/09), que o exército esteja em alerta por conta de uma possível “ameaça de agressão”.
Maduro disse que o atual governo da Colômbia não quer a paz com a Venezuela, quer guerra e todos nós lamentamos isso.
Após esta notícia, Maduro determinou que os militares realizem exercícios na região da fronteira com a Colômbia entre os próximos dias 10 e 28 de setembro. Mas neste período além dos exercícios militares, é provável que haja confronto com as forças revolucionárias da região.
Crise política na Venezuela, Maduro tenta mostrar lealdade à militares.
Declarações da Colômbia
Essa possível guerra entre os países da América do Sul, foram anunciadas cinco dias após o presidente da Colômbia, Iván Duque, dizer que o regime de Maduro apoia e supervisiona as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Isso por que a uma semana atrás, um dos grupos da FARC renunciou ao acordo de paz entre guerrilheiros e o governo colombiano. Duque disse que os colombianos devem saber que a renúncia não irá criar uma nova guerrilha no país, mas sim uma ameaça de quadrilhas criminosas narcoterroristas que contam com o apoio da ditadura de Nicolás Maduro.
Maduro ficou muito irritado e disse que Duque deseja acusar a Venezuela de uma guerra que já dura 70 anos na Colômbia.
Volta da Farc
O que havia sido controlado pelo governo colombiano, agora está em risco. Isso porque na última quinta-feira (26/08), o ex “número dois” das Farc, Iván Márquez, disse que a luta armada na Colômbia será retomada. Em seu discurso ele disse:
“Anunciamos ao mundo que a segunda Marquetalia começou sob proteção do direito universal que ajuda todos os povos do mundo a se levantarem contra a opressão”
O partido político que surgir das Farc e que conta com presença no Congresso, não recebeu com bons olhos essa declaração. A liderança da Força Comum Alternativa Revolucionária (partido), disse que a grande maioria ainda está comprometida com o acordo de paz, mesmo diante de todas as dificuldades e perigos.
Quem se pronunciou foi Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko.
Retaliação aos rebeldes
Na sexta-feira (30/08), o governo colombiano projetou uma ofensiva contra à guerrilha rebelde ao tratado de paz. Essa ofensiva acabou deixando nove mortos, apenas no lado dos rebeldes.