Um caso curioso aconteceu esta semana no Distrito Federal. Policiais Militares que fazem parte do Grupo Tático Operacional (GTOP) realizavam patrulhamento pelo Recando das Emas, próximo à quadra 509, quando foram informados da ocorrência de um furto em uma padaria.
A denúncia dava conta de que o próprio proprietário do estabelecimento havia conseguido render dois dos assaltantes, mas um terceiro comparsa havia conseguido fugir a pé. Diante disso, os policiais passaram a realizar patrulhamento e conseguiram encontrar o terceiro participante do crime na região do Caub I. Com ele os policiais encontraram um telefone celular, que a vítima reconheceu como sendo produto do roubo, e a quantia de R$44,00.
Presente de aniversário
A situação inusitada se deu quando os policiais começaram a fazer a identificar os envolvidos. Um dos autores do crime, de 21 anos, afirmou que estava no local apenas para comer um lanche, como forma de comemorar o próprio aniversário. Segundo ele, tudo transcorria normalmente, mas em um momento um de seus amigos saiu correndo do local com um refrigerante nas mãos, sem que soubesse o motivo.
Ele, que estava com o celular que foi subtraído da vítima, afirmou que comprou o aparelho por R$150,00, na Feira do Pedregal. Com isso, foi preso em flagrante delito pela prática dos crimes de furto e receptação.
Presentes indesejados
Agora, como presente de aniversário, o jovem de 21 anos permanecerá preso, à disposição da justiça. O crime de furto qualificado tem pena prevista de 4 (quatro) a 10 (dez) anos de reclusão. Somado a isso, o jovem responde também pelo crime de receptação, cuja pena varia de 1 (um) a 4 (quatro) anos de cadeia. Por fim, o fato de praticar mais de um crime faz com que a pena final possa ser aumentada ainda em 1/6.
Considerando tudo isso, é possível imaginar que a data entre para a vida do rapaz como um de seus aniversários mais inesquecíveis. O problema é que os “presentes” recebidos podem durar até alguns anos. No próximo ano, talvez ele decida passar o aniversário sozinho.