Um grande esquema de roubo aos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi divulgado na noite deste domingo através do Fantástico. Uma única quadrilha foi responsável por roubar milhões da previdência.
Os fraudadores envolvidos “recrutavam” idosos para através de documentos falsos, inclusive de pessoas que já faleceram, permitir a ida até as agências bancárias e realizar saques e até mesmo a prova de vida anual.
Com apenas uma das idosas a Polícia Federal encontrou 322 identidades falsas, onde era usada uma única foto de uma mulher, mas em várias poses diferentes. Para cada uma das identidades era pago um benefício do INSS.
Operação Grande Família
Uma das principais laranjas da quadrilha identificada que roubou milhões de reais dos cofres públicos era Eduvirgem Alves Gomes. Ela tem 71 anos e era responsável por ir até diversas agências bancárias, juntamente com um integrante da quadrilha e sacar as aposentadorias.
Após o saque, os valores eram repassados aos líderes do grupo, que neste caso eram os irmãos Leílson Alves da Silva e Francisco Alves da Silva. Com eles “trabalhavam” outros cinco parentes e o esquema envolvia até servidores públicos do próprio INSS.
Com esta única quadrilha, a Polícia Federal identificou cerca de 2500 benefícios do INSS que possuem indícios de fraudes, na grande maioria dos casos envolvendo nome de beneficiários que já estão mortos.
Entre estes nomes está Carmen Muniz Leite, que é falecida desde 2010, mas que “rendeu” aos bandidos quase 500 mil reais em dinheiro do INSS.
Como consultar pedidos realizados ao INSS sem pegar filas nas agências.
Caça aos mortos
Em diferentes regiões assim que um beneficiário morre, ele acaba sendo procurado por integrantes destas quadrilhas, que oferecem dinheiro para comprar os documentos do falecido. Quanto mais “fresquinho” o documento, maiores são as chances de dar continuidade no recebimento do benefício através de fraudes.
O INSS tem buscado criar mecanismos para conter as fraudes no sistema previdenciário, que chega a causar um rombo de 60 bilhões de reais anualmente. Números bem alarmantes.