Não faltam fiéis questionando os seus pastores com relação à reabertura das igrejas evangélicas em vários municípios do país: afinal, a maioria deles está fechada desde março, quando surgiu a crise do coronavírus e o Brasil começou a tomar medidas para que ele não se espalhasse (coisa que não deu certo).
Não muitos os que sentem falta de congregar nos templos, ainda que haja transmissão online dos cultos. Porém, nem todos sabem que a razão para que esses templos ainda estejam fechados é a Prefeitura: são os prefeitos que decidem quais são os estabelecimentos que podem ou não funcionar atualmente.
No início da pandemia, quando estavam sendo determinados quais os serviços essenciais que ficariam abertos à população durante o isolamento social, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decretou que os templos religiosos também deveriam ser incluídos e, dessa forma, ficar abertos.
As celebrações deveriam acontecer com os cuidados estipulados pelos protocolos sanitários, com a participação limitada de fiéis e o oferecimento de álcool em gel a todos logo na entrada. Além disso, os líderes religiosos, os fiéis e a equipe de apoio de cada culto deveriam estar obrigatoriamente de máscara.
No entanto, prefeitos de diferentes municípios do país decidiram que os templos religiosos deveriam continuar fechados, ao mesmo tempo em que foi liberado o funcionamento de cinemas, por exemplo.
A razão para que os prefeitos não precisem seguir o decreto do presidente Bolsonaro é a decisão do Supremo Tribunal Federal, que estipula que os prefeitos e governadores têm autonomia para selecionar estabelecimentos essenciais em seus territórios.
Para driblar o fato de não poderem realizar cultos presenciais, as igrejas situadas nessas cidades continuam fazendo celebrações por vídeo, transmitindo-as pelo Facebook ou no Youtube.
Além disso, os trabalhos sociais seguem a pleno vapor: as igrejas continuam recolhendo agasalhos, alimentos e itens de higiene para oferecer às pessoas que estão passando por dificuldades, até mesmo devido à própria pandemia, e para ajudar também aos moradores de rua das redondezas.