O fato de as igrejas californianas não poderem reabrir para realizar os seus cultos tem deixado muitos religiosos contrafeitos e uma grande congregação resolveu fazer reclamação formal na justiça. Trata-se da Grace Community Church, que é liderada por John MacArthur.
A sua contestação é de que o Estado não poderia determinar quando as igrejas funcionam ou não e, inclusive, o pastor já deixou claro que os seus fiéis poderão sim frequentar os seus cultos presenciais no templo. É claro que isso vai contra o que Gavin Newsom, governador californiano, determinou.
Para embasar as suas declarações, o pastor utilizou uma citação da Bíblia que declara onde fica clara a separação entre César (representando a lei dos homens) e Deus. Por isso, as autoridades terrenas não teriam o direito de determinar se as igrejas vão funcionar ou não.
Caso a Grace Community Church realmente faça cultos presenciais sem que o governo da Califórnia autorize formalmente, há o risco de que a congregação seja lacrada e o pastor John MacArthur seja até mesmo preso.
Outras igrejas também estão passando pelo mesmo processo e, para conseguir que os seus fiéis congreguem, a opção escolhida foi criar drive-in nos lugares em que isso é possível e, principalmente, realizar cultos usando a Internet.
No Brasil, o mesmo tem acontecido e várias religiões, além do protestantismo, questão aguardando por autorização formal para que as celebrações possam voltar a acontecer.
A escolha de permitir a liberação das igrejas é da prefeitura: primeiro, o governador precisa concordar que os templos no Estado funcionem e, em seguida, os prefeitos ganham o poder de decisão.
Há, inclusive, diversas cidades fazendo reclamações pelo fato de as suas igrejas estarem proibidas de fazer celebrações presenciais, ainda que exista um decreto presidencial em sentido contrário.
Logo que o decreto presidencial colocou os estabelecimentos religiosos dentre os essenciais, que deveriam manter as suas celebrações mesmo durante a pandemia, o Supremo Tribunal Federal anunciou que prefeitos e governadores teriam a palavra final a esse respeito no país todo.