Os índices acionários de Nova York terminaram esta quinta-feira (30) recuperando as maiores perdas vistas no pregão, com gigantes de tecnologia segurando as quedas de setores ligados à recuperação da economia.
Em meio à divulgação de indicadores econômicos que apontam para a maior piora da economia mundial já registrada, o índice Dow Jones registrou perdas de 0,85%, fechando a sessão em 26.313,65 pontos.
O índice S&P 500 seguiu o compasso, terminando com desvalorização de 0,34%, a 3.246,22 pontos.
Já o índice Nasdaq, composto principalmente por gigantes do setor de tecnologia, ganhou 0,43%, cotado a 10.587,81 pontos ao final das negociações.
Novo ecossistema
Empresas gigantes como Amazon, Apple, Alphabet e Facebook terminaram o dia no terreno positivo, em antecipação à divulgação de seus resultados trimestrais após o fechamento.
Analistas em Wall Street preveem que o setor de tecnologia deve reportar bons balanços, sendo o maior beneficiário do ambiente atual de pandemia. Há expectativas de que a melhora alimente ainda mais a tendência de alta.
Também no setor tecnológico, ações de empresas fabricantes de chips também registraram altas, graças à subida nas ações da Qualcomm.
Após divulgar resultados melhores do que o esperado, a companhia subiu 15% no pregão, também devido à solução da disputa de licenciamento com a Huawei, que terá um impacto positivo de US$ 1,8 bilhão na receita da empresa.
Recuperação econômica
Já os setores de finanças e energia, mais ligados à recuperação da economia, ficaram em baixa após saírem dados do PIB dos Estados Unidos.
Os dados apontam a maior queda já registrada, de 32,9%, no segundo trimestre de 2020, ainda que tenha sido melhor do que a caída de 34,5% estimada por economistas.
Ainda que a queda no crescimento já está em larga medida precificada, investidores ainda têm esperanças em uma forte retomada na economia, e dados nas próximas semanas devem frustrar o otimismo.
O setor de energia ficou 4% abaixo, puxando o mercado mais amplo consigo. O preço do petróleo caiu em reação aos dados econômicos mais fracos, que representam uma demanda mais mitigada pela commodity.