Com a pandemia do novo coronavírus, as agências do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS estiveram fechadas por quase seis meses. No mês de agosto o retorno às atividades presenciais foi iniciado, mas nem todas as localidades conseguiram o atendimento.
Os motivos são muitos e passam, também, pela forma com que a pandemia está sendo tratada em cada região. Além disso, também houve uma movimentação dos peritos e unidades que deveriam fazer perícias ficaram fechadas por um longo tempo.
Quadro de funcionários envelhecido
Um dos grandes problemas enfrentados pelo Órgão é o sucateamento a que foi submetido nos últimos anos. Se não bastasse a falta de estrutura e equipamentos, poucos concursos são realizados. Logo, as equipes são menores do que deveriam ser, diante da demanda.
Mais que isso. Considerando que a grande maioria dos funcionários é de concursos muito antigos, a idade os coloca nos grupos de risco da covid-19. Com isso, o quadro de funcionários que já é pequeno, fica ainda menor para o atendimento presencial.
Peritos não aceitam estrutura
Já os médicos que realizam perícias no INSS, além de enfrentar o fato de que muitos estão no grupo de risco, encontram estruturas que deixam a desejar. Isso foi o que impediu que muitas unidades não fossem abertas.
Considerando a idade avançada de muitos médicos, as entidades de classe cobraram um protocolo de segurança do INSS. O órgão dizia que tinha tudo resolvido, enquanto os médicos contestavam. Até o momento há unidades sem atendimento presencial.
Investimento no atendimento remoto
Diante da situação, o INSS tem investido em atendimento remoto, para tentar facilitar as coisas. Os aplicativos Meu INSS e FGTS são bastante usados. Além disso, o site do INSS permite que se faça diversas ações.
O INSS conta também com uma central de atendimento telefônico, por meio do número 135. Por ela o segurado pode fazer consultas, agendamentos e também tirar dúvidas.
No que tange às perícias, uma decisão do Tribunal de Contas da União manda que o órgão prepare um protocolo virtual. Até segunda-feira (5) o protocolo deve estar pronto.