Neste sábado (09/11) o porta-voz da Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI), disse que o país chegou ao patamar de enriquecimento de urânio em até 60%, algo que acabou alertando as autoridades internacionais, já que é uma porcentagem muito maior do que o necessário para praticamente todos os usos comuns.
Porém o grande medo é que o Irã chegue ao patamar de produzir urânio enriquecido o suficiente para gerar combustível de bombas nucleares. Mas 60% ainda é um número bem abaixo do necessário para estas bombas, onde é preciso enriquecer o urânio a ao menos 90%.
O próprio porta-voz, Behrouz Kamalvandi, disse que o Irã tem capacidade para produzir urânio enriquecido a 5%, 20% e 60%.
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A declaração ocorreu durante uma entrevista coletiva na usina nuclear subterrânea de Fordow no Irã. Mas não se sabe se realmente esta é a capacidade, já que a própria usina é “camuflada” para a grande maioria das agências internacionais.
Inspeção internacional
Mesmo com a base no subsolo, para não perder os privilégios de comércios internacionais, diversos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), devem visitar a usina de Fordow no próximo dia 10 de novembro.
A retomada da produção de urânio acima do enriquecimento “tradicional”, voltou na última quinta-feira, algo que coloca o Irã ainda mais longe do acordo internacional nuclear, que foi firmado em 2015, mas que aos poucos os principais países do mundo estão deixando-o.
A religião do Irã não permite a criação de bombas nucleares
Mas diante da tensão, o aiatolá Ali Khamenei, hoje a maior autoridade política do país, disse que nunca a intenção do Irã foi a produção de armas nucleares, pois é algo que vai contra a sua religião.
Na prática não é possível prever se todos estão de comum acordo com relação a isto, mas a esperança, principalmente de outros países do próprio oriente é que essa afirmação seja realmente verdade.