Um caso especialmente perturbador deixou a cidade de Xanxerê chocada ontem (30). Uma moça de 19 anos, chamada Patrícia Fernandes, foi morta em sua própria casa após receber diversas facadas. Na mesma residência estava a sua filha pequena, que não foi ferida, mas foi recolhida pela polícia.
Infelizmente, outros membros da família também foram atacados e se encontram hospitalizados em estado grave; tratam-se da cunhada e do irmão de Patrícia, mas eles não tiveram o seu nome divulgado.
Uma vez que eles estão em estado grave, ainda não puderam dar nenhuma declaração à polícia, mas as autoridades acreditam que o responsável pelos ataques seja o ex-namorado da moça. Ele tem 23 anos, está foragido e o seu nome não foi revelado.
Para determinar se ele é mesmo a pessoa envolvida, as autoridades estão colhendo depoimentos de amigos e de familiares a fim de compreender mais sobre o relacionamento de Patrícia e seu ex-. No entanto, para que se trabalhe com a hipótese de que ele seja o responsável, é muito provável que já tenham surgido informações que a polícia está mantendo em sigilo.
A filha de Patrícia, em vez de ter sido entregue a familiares para ser cuidada, encontra-se em poder do Conselho Tutelar. É possível que o órgão queira confirmar que não há participação de pessoas da família antes de entregar a garotinha, que tem 4 anos.
Caso o ex-namorado de Patrícia esteja implicado, ele pode ser acusado de crime de feminicídio e receber pena de até 30 anos, tempo máximo que qualquer pessoa pode permanecer em cárcere no Brasil.
Crimes de feminicídio tiveram um boom durante a quarentena
As notícias de mulheres mortas por seus companheiros têm se multiplicado durante a pandemia de COVID-19 e gerado grande preocupação. Em 12 Estados brasileiros, o levantamento mostrou que houve 12% mais investigações de ataques a mulheres.
Como consequência, passou-se a indicar que as mulheres colocassem um X em suas mãos e mostrassem discretamente em farmácias como uma forma silenciosa de pedir socorro.