O medicamento Profilaxia Pré-Exposição, o PrEP, que é uma prevenção contra a infecção do vírus HIV, está disponível através do Sistema Único de Saúde (SUS) desde o último mês de janeiro de 2018, onde está recebendo centenas de cadastros mensalmente, já totalizando 11.035 pessoas.
Somente entre janeiro e maio de 2019, segundo Ministério da Saúde foram 4152 novos cadastrados, um aumento de 38% nos últimos cinco meses.
Segundo o MS, a pílula anti HIV nada mais é do que uma combinação dos medicamentos Truvada 200mg e Tenofovir 300mg. O seu consumo diário inibe que pessoas possam contrair o vírus do HIV, por isso a grande procura na rede pública de saúde.
O Ministério da Saúde porém vem priorizando grupos específicos que podem receber o medicamento gratuitamente através do SUS, sendo eles:
- Gays (HSH), principalmente homens que praticam o ato sexual com outros homens;
- Mulheres trans e travestis;
- Homens trans;
- E profissionais do sexo.
Nos últimos anos foram feitas pesquisas em que este grupo em específico corre um maior risco de ser infectado, mas alerta que todos os brasileiros estão sujeitos a contrair a doença.
O medicamento já é utilizado em outros países e a taxa de eficiência fica acima dos 90%.
PrEP em 2017
No ano de 2017 foram liberadas as pílulas para cerca de 7 mil pessoas, onde as cidades que receberam primeiro o medicamento em decorrência da maior incidência de casos foram o Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Brasília, Florianópolis, Recife, Ribeirão Preto e Salvador.
Após suprir a necessidade destas regiões, o programa de distribuição foi ampliado para o restante do Brasil.
Quem estiver interessado em obter o medicamento gratuitamente através do SUS, deverá se dirigir a unidade de saúde mais próxima de sua residência, munido de seus documentos pessoais.
Alerta para a sociedade
Porém a Profilaxia Pré-Exposição conta com alguns críticos, isso porque eles relatam que ao descobrirem e terem acesso a um medicamento capaz de “prevenir” o HIV, as chances de acontecer um sexo sem camisinha é muito mais elevada.
Eles citam que o problema não estaria ligado ao HIV, mas ao aumento de outras doenças venéreas como a sífilis, que também é preocupante.
Porém já foram feitos estudos que provam o contrário, pois quem está buscando a pílula, já realiza um acompanhamento médico mais frequente e está constantemente preocupado com o desenvolvimento de doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Mas há sim um aumento no número de parceiros em decorrência do acesso à PrEP.