Ao menos 32 pastores evangélicos morreram na Nicarágua em virtude do coronavírus, conforme confirmado pelo jornal Maranata da Costa Rica, apesar de alguns elevarem esse número para além de 40.
Em Nicarágua, o governo não implementou quaisquer medidas para conter o avanço pandêmico do vírus. Atividades governamentais, eventos culturais e esportivos, negócios, indústria e atividades religiosas não tiveram que parar.
Debate evangélico
A falta de restrições impostas pelo governo levou a uma série de debates entre evangélicos acerca de como proceder com as atividades da fé. Enquanto alguns líderes defenderam a manutenção das atividades, outros fecharam totalmente suas igrejas.
Algumas das igrejas que optaram por permanecerem abertas acreditam que podem fazê-lo com segurança, seguindo as indicações da Organização Mundial da Saúde (OMS), dentre as quais distanciamento social e uso de máscaras faciais.
Apesar disso, conforme o Maranata, todas as igrejas sofreram uma grande queda no número de participantes dos cultos, tendo em vista que a maioria da população tem o medo justificado de infecção.
Analistas ligam a decisão de manter igrejas abertas, por um lado, a uma atitude de suporte à controversa postura do presidente Daniel Ortega, ao passo que fechá-las, por outro, seria uma expressão de descontentamento.
A igreja católica cancelou todas as suas atividades na Nicarágua desde março. Já a convenção batista fechou seus templos apenas em junho, uma medida que muitos consideram ter sido tomada muito tarde.
Outra fonte
O site de notícias Evangélico Digital, por seu turno, teve acesso a um documento assinado pela Aliança Evangélica Nicaraguense em que constavam os nomes de 44 pastores evangélicos perdidos para o Covid-19.
Em carta à Aliança Evangélica Latino-Americana, o departamento nicaraguense arrolou os 44 nomes e sobrenomes e enfatizou se tratar de uma lista preliminar, explicando que não há confirmação de que todas as mortes teriam sido em virtude do coronavírus.
“Nós organizamos uma plataforma de orações em tempo integral para dar força às famílias pastorais e como um projeto de ajuda humanitária”, disse a entidade na carta.
“Nós agradecemos a Deus pelo fato de que várias famílias pastorais se recuperaram completamente da doença”, acrescentou.