Nesta quinta-feira (30), o governo federal informou que já conseguiu recuperar mais de R$ 100 milhões de auxílio emergencial pagos a pessoas que não se enquadravam nos requisitos para o recebimento.
A informação é de que 107.707 pessoas emitiram Guias de Recolhimento da União (GRU), através do site oficial de devolução do benefício, para redirecionar o dinheiro indevido ao governo de forma voluntária.
Por bem ou por mal
A devolução por essa via é feita mediante solicitação por meio do sitehttp://www.devolucaoauxilioemergencial.cidadania.gov.br/.
É preciso inserir o CPF do beneficiário que pretende devolver o dinheiro, para em seguida fornecer as informações necessárias para a emissão da Guia de Recolhimento da União (GRU) correspondente.
O pagamento pode ser feito pelos meios disponibilizados pelo Banco do Brasil, como internet banking e terminais de autoatendimento, bem como os guichês de caixa das agências físicas.
Além da possibilidade de devolução solicitada, há também a ferramenta para denunciar ocorrência de fraude. Nesse caso, a denúncia deve ser registrada no sistema Fala.br.
Países em miniatura
Das mais de 107 mil GRUs solicitadas, 81,7 mil devoluções foram expedidas por civis e 25,9 mil por militares.
“Para termos ideia do tamanho dessa operação, ela representa uma Argentina e meia ou uma Itália inteira”, disse Onyx Lorenzoni, o ministro da Cidadania.
O responsável pela pasta destacou os efeitos positivos do programa, avaliando o impacto na economia brasileira.
“O auxílio emergencial teve um impacto extraordinário na população vulnerável e pesquisas apontam que é o menor índice de pobreza nos últimos 40 anos”, declarou.
Conforme dados da Dataprev, mais de 148 milhões de CPFs foram analisados em processamento de pedidos do auxílio. Dentre esse número, apenas 66,9 milhões são elegíveis para o recebimento do benefício.
Os critérios vão estipulados na Lei nº 13.982, de 2 de abril desse ano.
A estimativa é de que o verdadeiro impacto do benefício seja ainda maior, com influência direta ou indireta na vida de 126,2 milhões de brasileiros, mais da metade da população.
Os recursos destinados ao pagamento do auxílio já superaram a marca dos R$ 148 bilhões.