O senador Major Olímpio (PSL), eleito pelo estado de São Paulo, fez várias críticas ao presidente da república, sendo a mais forte delas a de que ele estaria comprando o apoio de partidos políticos, para impedir que haja uma votação de impeachment.
Olímpio foi um dos primeiros nomes a se aliar a Bolsonaro durante os anos que antecederam a última eleição. Com o passar do tempo, entretanto, o desgaste criado entre eles tornou-se insustentável e, hoje, o senador pode ser apontado por alguns até como membro da oposição.
O PSL
O PSL, partido presidido por Luciano Bivar, foi aquele que abriu as portas para Jair Bolsonaro nas últimas eleições. Se antes o partido era considerado nanico, com pouca representatividade, no pleito passado conseguiu grande sucesso, elegendo não só o presidente da república, como também, senadores e deputados, federais e estaduais, além de um governador.
Após a posse de Bolsonaro, entretanto, as primeiras rusgas começaram a surgir. O presidente foi o primeiro a abandonar o barco, seguido por muitos.
O que sobrou do PSL foi um partido esfacelado e dividido, do qual não se pode esperar unidade em qualquer votação no congresso. Se alguns defendem Bolsonaro com unhas e dentes, outros já receberam até mesmo a pecha de “comunista”, termo utilizado para tratar qualquer um que discorde das ideias do clã Bolsonaro.
A reaproximação
A separação entre Bolsonaro e o PSL parecia irreversível, apesar de alguns bolsonaristas remanescentes ainda não terem se desfiliado. O que irritou o senador Major Olímpio, entretanto, foi uma reaproximação do presidente com Luciano Bivar.
Segundo Olímpio, Bolsonaro, quando deixou o PSL, fez críticas duras demais para serem perdoadas. Disse ainda que o presidente e seus filhos tentaram apoderar-se do controle do partido e, por isso mesmo, não deveriam ser aceitos de volta.
O senador disse que não pretende, por enquanto, pedir sua desfiliação do partido, mas também deixou clara sua indignação e ainda, em tom irônico, afirmou que não tem o desejo de atrapalhar aqueles que fazem um jogo por cargos e emendas parlamentares buscando holofotes.