Na sexta-feira, cumprindo a uma ordem judicial exarada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, Twitter e Facebook suspenderam as contas de 16 bolsonaristas que utilizavam as redes para propagar notícias falsas e discursos de ódio.
Não é a primeira vez que isso acontece. Em meses anteriores, tanto no inquérito que apura as fake News, quanto naquele que apura ameaças aos membros do Supremo, ações semelhantes já haviam sido tomadas.
Entretanto, pesquisas tem indicado que, apesar disso, as ideias disseminadas por estas pessoas já está tão impregnada na vida das pessoas que o apoio a Bolsonaro permanece, ainda que os influenciadores não estejam mais no ar para defende-lo.
Ocupação
O guru bolsonarista Olavo de Carvalho sempre defendeu algo que ele chamada de revolução cultural. A ideia é substituir elementos culturais atuais por elementos conservadores.
O que as pesquisas indicam é que os apoiadores do presidente que tiveram suas contas suspensas já conseguiram uma expressiva audiência em grupos variados, como oTelegram, WhatsApp e YouTube, de modo que a suspensão não os afeta tanto.
Ocupar estes lugares levou tempo e o simples fato de estar fora do ar por alguns dias não chega a ser um problema. Mais que isso, a internet não possui mecanismos para impedir que estas pessoas continuem falando, por meio de outros perfis, por exemplo.
A rede é grande
A rede que foi criada para alavancar a campanha presidencial de Bolsonaro em 2018 continua a pleno vapor, como se a campanha ainda estivesse no ápice.
Assim, somente em junho, os canais bolsonaristas receberam cerca de 34 milhões de visitas. Para se ter uma ideia, os números do grupo de Bolsonaro superam em muito os dos sites ligados à Lula, que demoraram mais tempo para ter o mesmo alcance.
O gabinete do ódio
Não são poucas as denúncias de que, no planalto, haveria uma área controlada por Carlos Bolsonaro, com o único fim de atacar adversários e criar notícias falsas.
As investigações do STF prosseguem, visando entender como funciona a rede de apoio bolsonarista e quem a financia.