O Rio de Janeiro continua sua luta contra o tráfico de drogas e atuação das milícias. Uma força-tarefa criada para combater as milícias da baixada fluminense foi algo da ira de uma delas nessa quinta-feira (14).
A força-tarefa se dirigiu para a região conhecida como Km 32, que fica em Nova Iguaçu. No local, os policiais foram recebidos com tiros de fuzil. Com a troca de tiros, foram confirmadas cinco mortes e a apreensão de diversas armas de fogo.
Reunião do crime
Segundo se apurou, a ação da força-tarefa tinha como base informações que dava conta de uma reunião que haveria no local. Segundo informações da Subsecretaria de Inteligência, criminosos ligados às milícias estariam no local.
A ideia dos policiais, então, era surpreender os envolvidos todos juntos. Como se tratava de uma reunião, inclusive com adversários, a Polícia pretendia abordar e deter pessoas que, provavelmente, tinham algum poder de mando dentro das milícias.
Força-tarefa e a política
A força-tarefa foi montada com fins eleitorais. Isso porque, em apenas quinze dias, dois candidatos a vereador foram assassinados na baixada fluminense. Ao que consta, os dois crimes teriam ligação com a atuação das milícias no local.
O grupo já vinha se preparando para atuar há algum tempo. No entanto, diante da necessidade premente, a força-tarefa foi criada, visando garantir eleições livres e seguras na região.
Para tornar as investigações ainda mais aprofundadas, a Secretaria de Polícia Civil do Rio nomeou delegados experientes para apurar os crimes políticos que ocorrem na região da baixada.
A milícia e a política
A presença das milícias na política foi escancarada com o filme Tropa de Elite 2. De lá pra cá, ficou claro que muitos políticos têm no crime a sua base política. O clã Bolsonaro, inclusive, é fortemente envolvido com pessoas ligadas às milícias.
Assim, a polícia tem tentado atuar para impedir que as organizações criminosas consigam influenciar nas eleições. Ocupando cargos públicos, elas costumam ter maiores facilidades.
Ao eleitor cabe escolher bem e não votar em pessoas que são ligadas com as atividades criminosas.