O presidente Jair Bolsonaro informou à população nesta quinta-feira (30) que agora está passando por uma infecção pulmonar. O líder da nação toma antibióticos para tratar da enfermidade.
Na quarta-feira (29), o presidente relatou ter sentido fraqueza no pulmão e colheu sangue para exames.
Infecção pulmonar
“Eu acabei de fazer um exame de sangue, estava com um pouco de fraqueza ontem, estava com um pouco de infecção também”, relatou Bolsonaro.
O mandatário, contudo, não prestou maiores detalhes à imprensa, falando pouco sobre sua atual condição.
“Estou tomando antibiótico. Também, depois de 20 dias dentro de casa, a gente pega outros problemas. Peguei mofo no pulmão”, acrescentou o presidente de Brasil.
Depois de 21 dias do primeiro diagnóstico positivo de Covid-19, Bolsonaro anunciou neste sábado (25) que não está mais com a doença.
Cloroquina
O presidente divulgou a notícia de seu terceiro teste negativo, desde 7 de julho, com uma foto jocosa em seu perfil no Twitter, em que segurava uma caixa de hidroxicloroquina na mão.
Na quinta-feira (30), na mesma ocasião em que disse estar com a infecção pulmonar, o presidente aproveitou o ensejo para agradecer à cloroquina pela cura.
Médicos especialistas afirmam que infecções nos pulmões são uma das consequências mais comuns da doença, e podem permanecer nos pacientes mesmo após a cura.
Durante o período em que estava com a doença, Bolsonaro pintou a cloroquina como a panacéia do momento. Em transmissão pela internet, louvou o medicamento de eficácia duramente questionada pela comunidade científica.
“Agradeço primeiro a Deus. Depois o medicamento. A hidrocloroquina. Eu tomei num dia, no outro já estava bom. Se foi coincidência ou não, não sei”, declarou à população.
Afeito ao pensamento mágico, o mandatário em sua fala parece sugerir propriedades milagrosas ao remédio, na contramão de recentes pesquisas científicas, que apontam para a baixa eficácia do remédio no combate ao coronavírus.
Ainda, estudos atribuem ao remédio diversos efeitos colaterais no coração e no fígado.
Além disso, enquanto esteve doente, Bolsonaro não respeitou as regras de distanciamento social. Em diversas ocasiões, o presidente fez aparições em público sem o uso de máscara e até interagiu com trabalhadores do Palácio do Planalto.