Muitas pessoas moram em algum lugar por onde passa um rio nas proximidades e é isso que acontece com Diego Saldanha: como ele reside no mesmo lugar há muitos anos, o rio Atuba representa muito para ele emocionalmente e foi por isso que, incomodado com a quantidade de sujeira, ele resolveu fazer sozinho uma espécie de barragem.
Morando na cidade de curitibana de Colombo, Diego utilizou uma espécie de plástico azul bem grosso e o colocou de forma a cobrir toda lima parte do rio Atuba, criando uma barreira: a intenção é que todos os plásticos e outras coisas que poluem o local sejam “seguradas” por essa ecobarreira, que tem dado bastante resultado.
De acordo com Diego, já houve ocasião em que ele encontrou um fogão boiando; provavelmente, descartado por alguém que não se importou em encontrar um lugar apropriado para isso.
No entanto, também há outros tipos de coisas e que, depois de uma higienização completa e alguma adaptação, puderam até ser feitas de brinquedos. Com isso, a preservação do rio Atuba acaba até mesmo servindo para mostrar às crianças da área como é possível reciclar, em vez de causar desequilíbrio ambiental.
O seu trabalho, inclusive, não passa despercebido pelas escolas das áreas próximas, tanto que diretores e professores entram em contato com ele para combinar excursões. A ideia é mostrar a esses alunos tudo o que a poluição dos rios pode causar de prejuízo ao meio ambiente, aos animais e até à saúde das pessoas.
Por outro lado, a excursão também tem a finalidade de despertar o interesse pela temática da reciclagem; dessa forma, quem sabe essas crianças também decidem estimular os adultos das suas famílias a ajudar na proteção do rio Atuba e da natureza como um todo.
Cabe salientar que o acúmulo de plástico e outras formas de lixo nos rios é uma das razões da ocorrência de enchentes, que ajuda na proliferação de doenças de grande potencial letal, como a leptospirose.