Mais uma informação reveladora sobre o caso de Jacob Blake fez com que, para alguns, ele deixasse de ser visto como uma vítima da polícia do Estado do Wisconsin e passasse a ser considerado, eventualmente, um criminoso que estava sendo abordado.
O fato veio à tona pelo The Kenosha News, que é uma publicação jornalística; o periódico conseguiu visualizar os registros de processos em andamento no Estado e descobriu que existem algumas denúncias consideradas graves contra o homem negro que foi baleado sete vezes pelas costas.
De acordo com o que está registrado no sistema de processos de Wisconsin, existe uma denúncia feita por uma ex-namorada, que diz que Jacob Blake teve conduta sexual inoportuna em uma ocasião e que também entrou em sua casa sem ela saber, levando consigo alguns pertences.
Também há outras denúncias contra o rapaz, inclusive relacionadas à conduta desordeira. Esses registros fizeram com que algumas pessoas considerassem que talvez os policiais tivessem agido com mais violência por causa do histórico de Jacob Blake, enquanto outras pessoas reforçam que não era necessário atirar sete vezes pelas costas, já que o homem não estaria segurando nenhuma arma no momento.
Relembre o que aconteceu
No último domingo, Jacob Blake teria separado uma briga entre duas mulheres no meio da rua e, devido ao desentendimento, vizinhos chamaram a polícia. No entanto, os policiais brancos abordaram Jacob, que estava acompanhado dos seus três filhos (eles se encontravam esperando dentro do carro).
Depois de alguns minutos, os policiais atiraram sete vezes em Blake, que foi levado a um hospital e continua se recuperando. Uma das dúvidas da imprensa e dos cidadãos é se os policiais tinham conhecimento dos processos registrados na corte do Estado.
Cabe ressaltar que os sete tiros disparados contra Blake por policiais brancos tiveram o mesmo efeito que o acontecido com George Floyd, em maio. Dessa maneira, diversos grupos realizaram protestos (inclusive sempre violentos durante à noite) contra a conduta dos policiais, que foram considerados racistas.